O Estado de S. Paulo - 18/2/2009 - Uribatan Brasil
Presidência da entidade que organiza a Bienal do Livro de São Paulo é disputada hoje por duas chapas que trocam ofensas
Depois de anos de calmaria, a Câmara Brasileira do Livro (CBL) promove hoje uma agitada eleição para a diretoria que vai comandar durante o biênio 2009/2011. Duas chapas estão na disputa, mas as últimas semanas foram marcadas por troca de acusações e desmentidos, elevando a temperatura eleitoral a uma graduação raramente observada. De um lado, a atual presidente, Rosely Boschini, da chapa Trabalho e Seriedade, busca a reeleição; de outro, Armando Antongini Filho que ocupou o cargo entre 1993 e 1995 e líder da chapa de oposição Mudança & Participação.
Entidade que representa editores e livreiros do País, a CBL foi fundada em 1946 e atualmente é a entidade que organiza a Bienal Internacional do Livro de São Paulo, o Prêmio Jabuti, a Escola do Livro e ainda participa de outras 13 feiras, sendo 8 nacionais e 5 internacionais. Conta com 554 associados em todo o País, mas nem todos estão habilitados a votar - alguns não estão em dia com a Tesouraria.
Mesmo assim, a guerra de nervos marcou os últimos dias de campanha. Na sexta-feira, por exemplo, a entidade emitiu um comunicado em que negava a realização de uma pesquisa por telefone para saber em qual chapa cada consultado iria votar. Não acusou diretamente a chapa rival, mas foi mais um capítulo em uma troca de acusações que atingiu seu auge em relação às contas apresentadas pela CBL sobre a organização da Bienal do Livro de São Paulo e da viagem da comitiva da entidade à Feira de Frankfurt, ambas no ano passado.
Segundo os opositores, a CBL conseguiu autorização do Ministério da Cultura para captar R$ 3.115.800 em recursos incentivados pela Lei Rouanet (renúncia fiscal) para realizar a Bienal. A lei autoriza uma comissão de 10% do valor para o captador, mas, ainda de acordo com os opositores, a CBL firmou um acordo com a empresa Motivare que lhe garantia 90% de comissão pelos recursos captados acima de R$ 1.500.001 até o teto de R$ 3.115.800, ou seja, rendendo enorme prejuízo para a entidade.
A situação rebateu dizendo que seus rivais se referiram a uma carta-proposta de patrocínio como se fosse um contrato. Com isso, tinham a intenção de confundir os eleitores. "Como não foi considerada adequada pela diretoria da CBL, essa carta-proposta foi recusada", justifica Rosely Boschini, em depoimento também vinculado no site da chapa. Apesar de considerar a Bienal um sucesso, a atual presidente não divulga números, mas reconhece a necessidade de estudar a modernização e aperfeiçoamento da Bienal paulistana, que há anos perde em interesse e qualidade para a Bienal carioca.
Leia mais aqui.
Presidência da entidade que organiza a Bienal do Livro de São Paulo é disputada hoje por duas chapas que trocam ofensas
Depois de anos de calmaria, a Câmara Brasileira do Livro (CBL) promove hoje uma agitada eleição para a diretoria que vai comandar durante o biênio 2009/2011. Duas chapas estão na disputa, mas as últimas semanas foram marcadas por troca de acusações e desmentidos, elevando a temperatura eleitoral a uma graduação raramente observada. De um lado, a atual presidente, Rosely Boschini, da chapa Trabalho e Seriedade, busca a reeleição; de outro, Armando Antongini Filho que ocupou o cargo entre 1993 e 1995 e líder da chapa de oposição Mudança & Participação.
Entidade que representa editores e livreiros do País, a CBL foi fundada em 1946 e atualmente é a entidade que organiza a Bienal Internacional do Livro de São Paulo, o Prêmio Jabuti, a Escola do Livro e ainda participa de outras 13 feiras, sendo 8 nacionais e 5 internacionais. Conta com 554 associados em todo o País, mas nem todos estão habilitados a votar - alguns não estão em dia com a Tesouraria.
Mesmo assim, a guerra de nervos marcou os últimos dias de campanha. Na sexta-feira, por exemplo, a entidade emitiu um comunicado em que negava a realização de uma pesquisa por telefone para saber em qual chapa cada consultado iria votar. Não acusou diretamente a chapa rival, mas foi mais um capítulo em uma troca de acusações que atingiu seu auge em relação às contas apresentadas pela CBL sobre a organização da Bienal do Livro de São Paulo e da viagem da comitiva da entidade à Feira de Frankfurt, ambas no ano passado.
Segundo os opositores, a CBL conseguiu autorização do Ministério da Cultura para captar R$ 3.115.800 em recursos incentivados pela Lei Rouanet (renúncia fiscal) para realizar a Bienal. A lei autoriza uma comissão de 10% do valor para o captador, mas, ainda de acordo com os opositores, a CBL firmou um acordo com a empresa Motivare que lhe garantia 90% de comissão pelos recursos captados acima de R$ 1.500.001 até o teto de R$ 3.115.800, ou seja, rendendo enorme prejuízo para a entidade.
A situação rebateu dizendo que seus rivais se referiram a uma carta-proposta de patrocínio como se fosse um contrato. Com isso, tinham a intenção de confundir os eleitores. "Como não foi considerada adequada pela diretoria da CBL, essa carta-proposta foi recusada", justifica Rosely Boschini, em depoimento também vinculado no site da chapa. Apesar de considerar a Bienal um sucesso, a atual presidente não divulga números, mas reconhece a necessidade de estudar a modernização e aperfeiçoamento da Bienal paulistana, que há anos perde em interesse e qualidade para a Bienal carioca.
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