Resumo do Cenário
Poder entrar e viajar na coleção Barco a Vapor, através da premiação a textos originais promovida pela Fundação SM, é uma honra que os escritores brasileiros têm descoberto, ano a ano. Depois do gaúcho Caio Riter (2005), da niteroiense Gláucia Lewicki (2006) e do goiano Flávio Carneiro (2007), radicado no Rio de Janeiro, chega o mineiro Délcio Teobaldo que também buscou destino bem perto do mar, carioca por adoção.
Jornalista, escritor, professor de comunicação social, roteirista, diretor de televisão, documentarista, músico e etnomusicólogo — Délcio Teobaldo é o homem das sete surpresas que se pode descobrir tão logo se busca seu nome pela Internet. Vale a pena começar com a apresentação que é feita do artista e arteiro, em uma entrevista publicada no espaço Fala, Criança!
[...] de raízes profundas, perpetuadas através de sua família, retrato de um Brasil miscigenado, rico em expressões culturais. Neto da batuqueira angolana, Eva Paulina de Jesus; da cirandeira portuguesa, Angelina Maria dos Santos e do caboclo contador de histórias, Luiz Sabino Soares. Filho da camponesa e benzedeira, Maria Luzia e do dançador de caxambu e caboclinho, José Teobaldo. Délcio nasceu em Ponte Nova, zona da mata mineira, ouvindo ladainhas, congadas, fulôs, cantos de calamboteiros e de lavadeiras. Por isso mesmo sua vida se fundamenta nesses contos, ritmos e festas; no requinte dos doces e licores portugueses do Algarve; no poder dos chás, das benzas e ungüentos da tradição guarani-banta [...]
Na noite de premiação, a fala de Délcio trouxe sacis com Machado de Assis, Xangô, Oxóssi, Ogum, brasis, crises e inserção social, leitura, educação, um mundo que se abre, num arranjo muito bom de combinar referências e ouvir. E o convite foi feito: colocar o improviso em parágrafos para os amigos de Dobras da Leitura!
Plantando idéias na literatura infantil e juvenil, Délcio Teobaldo não é certamente nenhum estreante. Seu primeiro livro foi publicado em 1995 — Isto é coisa da idade, e depois vieram Palavra puxa prosa (2000) e Quatro trancados no quarto (2003), todos três lançados pela Miguilim, uma importante editora em nossas letras, embora tímida na promoção de seus livros, que nasceu dos esforços de Ana Maria Clark Peres, Maria Antonieta Antunes Cunha e Terezinha Alvarenga. Pivetim, certamente, deverá ser publicado em meados de 2009.
Do álbum de Anibal Bragança:Jardel Jr., Aníbal Bragança e Délcio Teobaldo, na Livraria Pasárgada - Rio de Janeiro.
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Poder entrar e viajar na coleção Barco a Vapor, através da premiação a textos originais promovida pela Fundação SM, é uma honra que os escritores brasileiros têm descoberto, ano a ano. Depois do gaúcho Caio Riter (2005), da niteroiense Gláucia Lewicki (2006) e do goiano Flávio Carneiro (2007), radicado no Rio de Janeiro, chega o mineiro Délcio Teobaldo que também buscou destino bem perto do mar, carioca por adoção.
Jornalista, escritor, professor de comunicação social, roteirista, diretor de televisão, documentarista, músico e etnomusicólogo — Délcio Teobaldo é o homem das sete surpresas que se pode descobrir tão logo se busca seu nome pela Internet. Vale a pena começar com a apresentação que é feita do artista e arteiro, em uma entrevista publicada no espaço Fala, Criança!
[...] de raízes profundas, perpetuadas através de sua família, retrato de um Brasil miscigenado, rico em expressões culturais. Neto da batuqueira angolana, Eva Paulina de Jesus; da cirandeira portuguesa, Angelina Maria dos Santos e do caboclo contador de histórias, Luiz Sabino Soares. Filho da camponesa e benzedeira, Maria Luzia e do dançador de caxambu e caboclinho, José Teobaldo. Délcio nasceu em Ponte Nova, zona da mata mineira, ouvindo ladainhas, congadas, fulôs, cantos de calamboteiros e de lavadeiras. Por isso mesmo sua vida se fundamenta nesses contos, ritmos e festas; no requinte dos doces e licores portugueses do Algarve; no poder dos chás, das benzas e ungüentos da tradição guarani-banta [...]
Na noite de premiação, a fala de Délcio trouxe sacis com Machado de Assis, Xangô, Oxóssi, Ogum, brasis, crises e inserção social, leitura, educação, um mundo que se abre, num arranjo muito bom de combinar referências e ouvir. E o convite foi feito: colocar o improviso em parágrafos para os amigos de Dobras da Leitura!
Plantando idéias na literatura infantil e juvenil, Délcio Teobaldo não é certamente nenhum estreante. Seu primeiro livro foi publicado em 1995 — Isto é coisa da idade, e depois vieram Palavra puxa prosa (2000) e Quatro trancados no quarto (2003), todos três lançados pela Miguilim, uma importante editora em nossas letras, embora tímida na promoção de seus livros, que nasceu dos esforços de Ana Maria Clark Peres, Maria Antonieta Antunes Cunha e Terezinha Alvarenga. Pivetim, certamente, deverá ser publicado em meados de 2009.
Do álbum de Anibal Bragança:Jardel Jr., Aníbal Bragança e Délcio Teobaldo, na Livraria Pasárgada - Rio de Janeiro.
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