sábado, 8 de setembro de 2007

A Bordo do Barco a Vapor

Resumo do Cenário


Da Espanha aos mares do outro lado do Atlântico, um barco a vapor trouxe promessas de livros, aventuras e emoções com sua imagem romântica, aportando no México e na Argentina, chegando ao Brasil em 2004. Por aqui, já conheceu e revelou novos afluentes da literatura infantil e juvenil contemporânea: em três anos, três generosos concursos firmam a excelência do Prêmio Barco a Vapor, promovido pela Fundação SM, com sua proposta de reconhecer e publicar textos inéditos de autores brasileiros — que são, às vezes, também inéditos para um grande público de leitores. A cada edição, o escolhido tem recebido um prêmio de R$ 30 mil, em caráter de adiantamento dos direitos autorais, além de assegurar seu passaporte para uma história recente da literatura infantil e juvenil brasileira.

Em 2005, o escritor gaúcho Caio Riter venceu 513 originais. A partir de então, começou a travessia do autor, junto aos leitores e por várias editoras que o tem publicado, como a viagem de O rapaz que não era de Liverpool que conquistou mais o Prêmio Orígenes Lessa - O Melhor para o Jovem 2007, conferido pela FNLIJ, além de ser selecionado para o catálogo White Ravens 2007, organizado pela Biblioteca Internacional da Juventude de Munique. Mas, juntamente ao livro de Caio Riter, outros oitos títulos foram recomendados pelo júri e contratados pelas Edições SM.

O júri do primeiro Prêmio Barco a Vapor foi composto principalmente por professores e especialistas em literatura, não necessariamente relacionados com o universo da literatura infantil e juvenil, o que vem reforçar o nível de exigência durante o processo de leituras e seleção. Em 2005, participaram Milton Hatoum (escritor), Marisa Lajolo (escritora, pesquisadora e professora de Teoria Literária na Unicamp e Mackenzie), Iumna Maria Simon (professora de Teoria Literária e Literatura Comparada na USP), Edmir Perrotti (editor e vice-chefe do Departamento de Biblioteconomia e Documentação da Escola de Comunicações e Artes da USP) e Alexandre Faccioli (na época, diretor editorial de Edições SM).

Despistando 592 concorrentes, a carioca Gláucia Lewicki recebeu as honras do 2º Prêmio Barco a Vapor de Literatura Infantil e Juvenil. Era mais uma vez outra vez foi eleito o melhor livro pelo júri do ano passado, formado por Moacyr Scliar (escritor e membro da Academia Brasileira de Letras), Iumna Maria Simon, novamente, Marcelo Coelho (escritor e jornalista), Tânia Rösing (coordenadora da Jornada Literária Nacional e professora da Universidade de Passo Fundo) e Fábio Weintraub (poeta e editor da equipe de Edições SM). Certamente, a história de outras viagens de Gláucia Lewicki ainda está por começar.

E faltam poucos dias para conhecermos mais um tripulante do Barco a Vapor — o prêmio que, fixando aqui sua âncora, ganhou um coração brasileiro. Na noite de 12 de setembro, a Fundação SM e Edições SM fazem o anúncio do vencedor de 2007, em cerimônia realizada em São Paulo.

E, logo após, estarão oficialmente abertas as inscrições para o 4º Prêmio Barco a Vapor, com o objetivo de dar continuidade ao projeto de fomento à produção literária brasileira, descobrindo novos talentos ou consagrando autores já publicados de obras destinadas a crianças e jovens. Buscando reconhecer e estabelecer um padrão literário de qualidade, Edições SM têm se destacado no cenário editorial, conquistando o reconhecimento do público e da crítica, além de prêmios outorgados pela FNLIJ e pelo Jabuti/CBL, com títulos cada vez mais consistentes, apresentando enredos que equilibram sofisticação e limpeza do discurso com um pacto de ficcionalidade que jamais se rompe diante dos olhos dos leitores, qual seja o mundo e os personagens trazidos à fantasia ou pelo realismo cotidiano.


P.S. O rapaz que não era de Liverpool, de Caio Riter, foi comentado em Dobras da Leitura 40, e Era mais uma vez outra vez, de Glaucia Lewicki, na edição 44. Ambos os títulos fazem parte de Nossa Biblioteca - Autores e Obras A-Z.
*

Um comentário:

  1. Olá, Peter

    Já anotei tudo para comprar na Bienal para a escola. Gastei muito no Simpósio Internacional de Contadores de Histórias e já sei que vou ficar frustrada!
    Você está lá naquela foto com os Roedores?
    Abraços.

    ResponderExcluir

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.