Imprensa da Fundação SM – Paulo de Camargo
Montserrat del Amo é doutora em Filosofia e Letras e escritora de literatura infantil e juvenil há quase 60 anos. Produziu mais de 60 livros para crianças e jovens, muitos deles traduzidos para outras línguas, como português, alemão e inglês. Conforme o pesquisador Pedro Cerrillo, Diretor do Centro de Estúdios para la Promoción de la Lectura y la Literatura Infantil, seu currículo literário muito amplo transcende o âmbito espanhol. “A obra de Montserrat é citada em numerosos estudos e antologias da literatura infantil e juvenil de muitos países”, diz. A biblioteca digital Cervantes Virtual criou um portal dedicado à sua obra.
A escritora recebeu muitos prêmios importantes, entre eles Lazarillo (1960, com Rastro de Dios), Doncel (1969, por Zuecos y Naranjas), o Prêmio Nacional de Literatura (1978, por El nudo), CCEI (por duas vezes, em 1971, com Chitina y su gato, e em 1991, por La casa pintada). Foi ainda indicada para o Prêmio Internacional Hans Christian Andersen.
Conforme Cerrillo, Montserrat é “uma autora com uma obra muito sólida, de qualidade literária evidente, que se expressa em uma linguagem direta e capaz de comover”. Em suas obras, a autora conta histórias que foram lidas por crianças e jovens de muitas gerações. Um exemplo é Rastro de Dios, publicada pela primeira vez em 1960, que já teve mais de 20 edições. “Possivelmente, isso se deva ao fato de que escreve histórias protagonizadas por seres que sentem e se emocionam, que falam do esforço, da amizade ou do amor para além de um lugar ou tempo concreto”, diz. Outra característica importante é que a autora não pretende escrever histórias moralistas. Ao contrário, ela mesma já disse que “o autor não tem domínio sobre a mensagem de sua obra no momento em que a publica”.
Resumo do Cenário – Peter O’Sagae
Montserrat del Amo estreou na literatura aos 21 anos (foto), com o título Hombres de hoy, ciudades de siglos (1948) e possui uma obra substancial com narrativas curtas e novelas, peças de teatro, poemas de inspiração popular em recriações originais, tendo ainda escrito para diversos jornais, revistas, programas de rádio, ópera. Em todos os gêneros, jamais pretendeu um discurso diretivo, motivando assim crianças e jovens a um exercício constante de seus pensamentos. Em seus textos, à força de questões universais, conduz ficções afora das margens de transitoriedade dos temas de circunstância.
No Brasil, duas obras da escritora espanhola Montserrat del Amo já estiveram presentes no catálogo da editora Paulinas: A pedra de toque (1989) e A casa pintada (1992), novelas com temas bem diferentes.
O primeiro capítulo de A pedra de toque pode ser lido no web-espaço Fuera de Classe. O que notamos de modo imediato é a tensão dramática em torno do jovem Carlos Alberto: o passado e o instante presente se intercalam ao mesmo tempo em que dois discursos concorrem para subjetivação do personagem, o que passa por seu pensamento e a imagem que sua própria mãe constrói para expô-lo aos outros. A narrativa entrelaça fios complexos entre Carlos (traumatizado pela recente morte de uma amiga) e o Doutor Méndez, que relata ao jovem sua própria história. Até os sete anos, Fernando Méndez vivera sob a sombra da compaixão materna em razão de sua paralisia cerebral. Ao perdê-la definitivamente, o menino passa a ser criado pelos vizinhos e o contato com uma nova família faz Fernando descobrir um mundo rico de estímulos onde poderá desenvolver plenamente suas habilidades, encorajado pelo apoio incondicional do casal e seus filhos. A história de Méndez vai despertando no jovem um carinho renovado, a emoção pelas coisas simples e a responsabilidade por sua vida.
P.S. Tentaremos localizar as obras para apresentá-las na edição de novembro em Dobras da Leitura ;-)
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Montserrat del Amo é doutora em Filosofia e Letras e escritora de literatura infantil e juvenil há quase 60 anos. Produziu mais de 60 livros para crianças e jovens, muitos deles traduzidos para outras línguas, como português, alemão e inglês. Conforme o pesquisador Pedro Cerrillo, Diretor do Centro de Estúdios para la Promoción de la Lectura y la Literatura Infantil, seu currículo literário muito amplo transcende o âmbito espanhol. “A obra de Montserrat é citada em numerosos estudos e antologias da literatura infantil e juvenil de muitos países”, diz. A biblioteca digital Cervantes Virtual criou um portal dedicado à sua obra.
A escritora recebeu muitos prêmios importantes, entre eles Lazarillo (1960, com Rastro de Dios), Doncel (1969, por Zuecos y Naranjas), o Prêmio Nacional de Literatura (1978, por El nudo), CCEI (por duas vezes, em 1971, com Chitina y su gato, e em 1991, por La casa pintada). Foi ainda indicada para o Prêmio Internacional Hans Christian Andersen.
Conforme Cerrillo, Montserrat é “uma autora com uma obra muito sólida, de qualidade literária evidente, que se expressa em uma linguagem direta e capaz de comover”. Em suas obras, a autora conta histórias que foram lidas por crianças e jovens de muitas gerações. Um exemplo é Rastro de Dios, publicada pela primeira vez em 1960, que já teve mais de 20 edições. “Possivelmente, isso se deva ao fato de que escreve histórias protagonizadas por seres que sentem e se emocionam, que falam do esforço, da amizade ou do amor para além de um lugar ou tempo concreto”, diz. Outra característica importante é que a autora não pretende escrever histórias moralistas. Ao contrário, ela mesma já disse que “o autor não tem domínio sobre a mensagem de sua obra no momento em que a publica”.
Resumo do Cenário – Peter O’Sagae
Montserrat del Amo estreou na literatura aos 21 anos (foto), com o título Hombres de hoy, ciudades de siglos (1948) e possui uma obra substancial com narrativas curtas e novelas, peças de teatro, poemas de inspiração popular em recriações originais, tendo ainda escrito para diversos jornais, revistas, programas de rádio, ópera. Em todos os gêneros, jamais pretendeu um discurso diretivo, motivando assim crianças e jovens a um exercício constante de seus pensamentos. Em seus textos, à força de questões universais, conduz ficções afora das margens de transitoriedade dos temas de circunstância.
No Brasil, duas obras da escritora espanhola Montserrat del Amo já estiveram presentes no catálogo da editora Paulinas: A pedra de toque (1989) e A casa pintada (1992), novelas com temas bem diferentes.
O primeiro capítulo de A pedra de toque pode ser lido no web-espaço Fuera de Classe. O que notamos de modo imediato é a tensão dramática em torno do jovem Carlos Alberto: o passado e o instante presente se intercalam ao mesmo tempo em que dois discursos concorrem para subjetivação do personagem, o que passa por seu pensamento e a imagem que sua própria mãe constrói para expô-lo aos outros. A narrativa entrelaça fios complexos entre Carlos (traumatizado pela recente morte de uma amiga) e o Doutor Méndez, que relata ao jovem sua própria história. Até os sete anos, Fernando Méndez vivera sob a sombra da compaixão materna em razão de sua paralisia cerebral. Ao perdê-la definitivamente, o menino passa a ser criado pelos vizinhos e o contato com uma nova família faz Fernando descobrir um mundo rico de estímulos onde poderá desenvolver plenamente suas habilidades, encorajado pelo apoio incondicional do casal e seus filhos. A história de Méndez vai despertando no jovem um carinho renovado, a emoção pelas coisas simples e a responsabilidade por sua vida.
P.S. Tentaremos localizar as obras para apresentá-las na edição de novembro em Dobras da Leitura ;-)
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