sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Arca das Letras

Resumo do Cenário

Nessa semana, a Arca das Letras, um projeto de incentivo à leitura e distribuição de livros para assentamentos, comunidades rurais e comunidades quilombolas, foi notícia divulgada pela assessoria de imprensa do Ministério do Desenvolvimento Agrário, recorte do PublisNews e destaque do jornal Zero Hora, semeando 129 bibliotecas pelo estado do Rio Grande do Sul. Aproveito o dia para conhecer um pouco mais a Arca das Letras, coletando fotografias e, nas próximas duas postagens, informações a respeito do projeto.



Fotos 1 a 4: Programa Nacional de Crédito Fundiário - MDA, 5: Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural - EMATER, 6: Secretaria de Estado Extraordinária para Assuntos de Reforma Agrária (Minas Gerais).


Arca das Letras (2)

Portal do Ministério do Desenvolvimento Agrário
Programa Nacional de Crédito Fundiário

O Programa de Bibliotecas Rurais ARCA DAS LETRAS foi criado em 2003 pela Secretaria de Reordenamento Agrário do Ministério do Desenvolvimento Agrário para incentivar a leitura e facilitar o acesso aos livros em assentamentos, comunidades de agricultura familiar e de remanescentes de quilombos.

A ARCA DAS LETRAS tem uma metodologia que garante a participação das comunidades na formação e na implantação das bibliotecas. Os moradores indicam o local de sua instalação, os assuntos de seu interesse e seus Agentes de Leitura, voluntários que são responsáveis pelo empréstimo dos livros e pelo incentivo à leitura na comunidade.

arte: Tania Anaya; xilo: J. Borges; foto: Regina Santos

De acordo com o perfil cultural de cada comunidade, os livros são selecionados. Em seguida, são formados os acervos. A biblioteca é organizada em um móvel de madeira fabricado em marcenarias de penitenciárias por trabalhadores sentenciados, que recebem bolsas de trabalho e reduzem suas penas.

Cada biblioteca tem cerca de 220 títulos obtidos por doação, entre literatura infantil, literatura para jovens e adultos, livros didáticos, de pesquisa e técnicos (sobre cidadania, saúde, agricultura), incluindo assuntos de interesse das populações rurais em suas realidades específicas.

O Programa articula ações dos Ministérios da Educação, da Cultura, da Justiça, bem como de outras esferas públicas e privadas, que publicam livros ou produzem informações de interesse para as pessoas que vivem no meio rural. Também integra recursos dos Estados e Municípios a fim de criar condições adequadas para a implantação das bibliotecas. E, ainda, reúne esforços dos movimentos sociais e de órgãos não-governamentais, que colaboram para a chegada do programa às diversas regiões do País. Como resultado de uma rede de parcerias e da gestão comunitária das bibliotecas, a ARCA DAS LETRAS vem promovendo a educação, a cultura, o trabalho e o entretenimento entre as populações do campo, contribuindo para o desenvolvimento humano no mundo rural.

As Arcas são fabricadas nas Penitenciárias de Petrolina/PE, Mossoró/RN, Fortaleza/CE, Vila Velha/ES, Curitiba/SC, Chapecó/SC, na Fundação Pão dos Pobres/RS no Centro de Profissionalização Itegrado do Piauí/Secretária de Estado da Educação e em alguns municípios por iniciativa das Prefeituras. A Fabricação das Arcas conta com o apoio do Projeto Banco do Brasil/Fome Zero, Banco do Nordeste, MME Luz para todos, e por meio dos Centros Culturais Banco do Brasil (DF/SP/RJ), Missão Criança, Eletrosul e Furnas. Em Petrolina/PE, Mossoró/RN e Fortaleza/CE conta com o apoio do Ministério da Justiça/DEPEN.
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Arca das Letras (3)

Portal do Ministério do Desenvolvimento Agrário
Programa Nacional de Crédito Fundiário

Quadro de Bibliotecas implantadas por Estado
(clique no Estado para ver os municípios em que a Arca das Letras já chegou)

Estado

Municípios atendidos

Arcas implantadas

Alagoas

40

90

Amapá

2

2

Amazonas

4

116

Bahia

27

48

Ceará

34

400

Espírito Santo

31

108

Goiás

45

138

Maranhão

47

241

Mato Grosso

8

33

Mato Grosso do Sul

56

128

Minas Gerais

47

101

Pará

32

43

Paraíba

45

200

Paraná

70

159

Pernambuco

77

356

Piauí

67

480

Rio de Janeiro

3

8

Rio Grande do Norte

99

485

Rio Grande do Sul

124

182

Rondônia

1

1

Santa Catarina

93

160

São Paulo

35

51

Sergipe

31

55

Tocantins

34

62

Total

1.051

3.647

(Atualizado em Agosto de 2007)

Também foram implantadas três Bibliotecas Arca das Letras em Díli/Timor Leste e 1 em Havana/Cuba, como cooperação solidária.

Total de Bibliotecas Arca das Letras: 3.651
Total de livros distribuídos: 791.220
Total de famílias atendidas: 430.254
Total de agentes de leitura: 7.478
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quinta-feira, 30 de agosto de 2007

As prateleiras esperam o seu livro

Portal do SESC - Revista Digital - 27/08/2007

Estão abertas as inscrições para o Prêmio SESC de Literatura nas categorias conto e romance


O Prêmio SESC de Literatura, promovido pelo Departamento Nacional do SESC, recebe textos literários, da categoria romance e conto, inéditos e escritos em língua portuguesa por autores brasileiros ou estrangeiros residentes no Brasil. As obras inscritas serão analisadas por Comissões Julgadoras compostas por professores, escritores, jornalistas e críticos literários, selecionados pelo SESC.

O vencedor do Prêmio terá sua obra publicada e distribuída pela Editora Record e terá direito a 10% do valor de capa da obra comercializada em livrarias. Parte dessa primeira edição será distribuída para a rede de bibliotecas do SESC e outros espaços culturais. A premiação, prevista para junho de 2008, também conta com menções honrosas a obras selecionadas pelas comissões julgadoras.

Inscrições

As inscrições vão até 31 de outubro de 2007, são gratuitas e cada concorrente poderá participar apenas com uma obra, sendo que a mesma deverá ser inédita e nunca ter sido publicada por qualquer meio impresso ou eletrônico. Entende-se por publicação o processo de edição de uma obra literária e sua distribuição em livrarias. Os originais devem ser enviados em quatro vias, sem ilustrações, datilografados em espaço duplo ou impressos em papel A4, em apenas um lado. A formatação deverá ser fonte Times New Roman tamanho 12; estilo normal; na cor preta; parágrafo de alinhamento justificado; espaço entrelinhas duplo e margens 2,5. Informações adicionais sobre como e para onde enviar as inscrições podem ser obtidas nas Unidades do SESC ou clicando aqui.
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Vitrine Express: Pintores

Abaixo, informações de press-release. Leia comentários em Dobras da Leitura 48 (setembro 2007).

Sonho em amarelo
de Luiz Antonio Aguiar (Melhoramentos)

Como seria a convivência de um garoto de onze anos e Van Gogh, um dos maiores gênios da pintura, para quem a arte se tornara questão de vida ou morte? 'Sonhos em amarelo' é uma ficção criada por Luiz Antonio Aguiar, que traz como personagens Vincente Van Gogh - um espírito que era como um labirinto - e Camille Roulin, o garoto que, entre assombros e encantamentos, pinturas e sonhos, esteve sempre próximo do pintor no período em que este produziu seus quadros mais famosos.

Leonardo desde Vinci
de Nilson Moulin e Rubens Matuck (Cortez)

São Leonardo? Ainda não. Desde 1995, dois amigos saíram em busca do “seu” Leonardo. A diferença? Eles partiram de Vinci, no interior da Toscana, antigo território dos etruscos. Afastaram os próprios olhos, óculos e ouvidos das mesmices repetidas um pouco por todo lado. Na Biblioteca Leonardiana, em Vinci, primeira surpresa: muitas centenas de livros e vídeos, milhares de textos em dúzias de línguas diferentes.

Iberê menino
de André Neves e Christina Dias (DCL)

A obra artística do pintor e gravurista Iberê Camargo é carregada de memória, pinceladas no principal universo resgatado pelo artista: o passado, e dentro dele, a infância. Entre seus olhares, André Neves e Christina Dias encontraram ali, vozes do que foi o seu imaginário. Em Iberê-Menino, juntos, a quatro mãos, os dois pesquisaram textos, imagens e histórias para reiventar sua memória lúdica, possibilitando aos leitores outras perspectivas sobra a vida e outras histórias sobre a arte de Iberê Camargo.

Vitrine Express: Pintores na SM

Abaixo, informações de press-release. Leia comentários em Dobras da Leitura 48 (setembro 2007).

Com vocês, Klimt!
de Bérénice Capatti, il. Octavia Monaco

Gustav Klimt nasceu em Viena, Áustria, no final do século XIX. Foi um dos mais brilhantes ícones da vanguarda artística vienense e é hoje muito admirado pela sensualidade das mulheres que representou. As marcas registradas de sua pintura são o uso de ouro, a rica ornamentação e a combinação de erotismo e terror.

Como me tornei Marc Chagall
de Bimba Landmann

Desde pequeno, Moshe Segall olhava com enlevo o bairro judeu em que morava: os músicos, os rabinos, as cabras, o avô que subia no telhado para comer cenouras... Essas imagens alimentavam suas fantasias de um futuro de glória e o faziam voar. Então, um dia decidiu: seria artista. E se tornou Marc Chagall.

Literatura e Outras Linguagens


As Faculdades Integradas Torricelli realiza sua primeira Semana de Letras, com o tema "Literatura e Outras Linguagens", convidando alunos, educadores e profissionais da área.

No dia 11 de setembro, terça-feira, uma conversa sobre as possíveis trajetórias profissionais para o egresso dos cursos de letras, antecipando a palestra: Afeto e Imaginação na Literatura para Crianças, com Peter O'Sagae, mestre em Letras (USP), crítico literário e editor de Dobras da Leitura, tendo atuado como professor dos cursos de Letras, Pedagogia e Comunicação.

No dia 12, Literatura e Cinema: exibição do filme O Carteiro e o Poeta (1994), de Michael Radford, baseado no livro do escritor chileno Antonio Skarmeta, Ardiente Paciência; depois, um debate com Antonio Celso de Oliveira, mestre em História e Filosofia da Educação pela PUC-SP, e Felipe Chibas Ortiz, poeta, psicólogo formado na Universidade de Havana (Cuba) e pós-graduado pela Universidade Lomonosov (Moscou).

Na sexta-feira, dia 14, Literatura e Teatro: apresentação de Dom Casmurro, com o grupo RIA e direção de Paulo Rosa, seguida de debate sobre a releitura da obra realista de Machado de Assis.

Todos os encontros acontecem no horário entre 19h10 e 22h45, no Anfiteatro da Faculdade Torricelli – Campus I, à Rua do Rosário, 300 – Centro, Guarulhos.
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Cléo Busatto em São Paulo

Notícias que um gato contou...


Cléo Busatto novamente em São Paulo, no mês de setembro, participa do projeto Memória, o fio da história, que articula duas diferentes ações, como a Roda de História, uma oficina com crianças em que elas são convidadas a narrar momentos que viveu ou que ouviu, histórias pessoais ou de outras pessoas, histórias familiares ou da comunidade, e também sessões de narração, sempre às 15h, no SESC Vila Mariana (à Rua Pelotas, 141 – Fone 5080.3000). Confira a programação:

01/09 – Os Sete Corvos e As Três Penas
02/09 - A Conquista do Fogo e O Sol e os Meninos
07/09 - Os músicos de Bremen e Buda Papagaio
07/09 - Navegação do CD-ROM Lendas Brasileiras, às 17hs*
08/09 - Roda de História: A Velha Sacola de Couro
09/09 - Cobra-Norato e Negrinho do Pastoreio

Depois, o 18º Congresso do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal - SINPEEM, que acontece no Palácio das Convenções do Anhembi, Cléo Busatto faz a palestra A arte de contar histórias no século XXI - tradição e ciberespaço". Dia 20 de setembro, das 9h às 12h. Informações: (11) 5543-7519.
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Miliumas na Primavera

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terça-feira, 28 de agosto de 2007

Jornadinha Literária

Assessoria de Imprensa - Jornadas Literárias - 28/08/2007
Fotos: Tiago Lermen



Jornadinha Literária reúne cerca de 3000 crianças na sua abertura

Palhaços, dragões, músicas e chuva de prata abriram a 4ª Jornadinha Nacional de Literatura, na fria manhã desta terça-feira, dia 28 de agosto. A temperatura em torno de 3°C não assustou as cerca de três mil crianças que participam das atividades, no Circo da Cultura, Campus I da Universidade de Passo Fundo (UPF), em Passo Fundo no Rio Grande do Sul. Alguns dos pequenos leitores viajaram dezenas de quilômetros até chegarem ao local das atividades da 12ª Jornada Nacional de Literatura.

A manifestação cultural foi aberta com a apresentação do grupo de teatro paulista XPTO. Na seqüência, a coordenadora geral das Jornadas Literárias, Tânia Rösing, deu as boas-vindas às crianças e apresentou a elas o grito da 4ª Jornadinha “Eu sou leitor brasileiro com muito orgulho no coração”

[...] O primeiro autor a se apresentar às crianças foi o poeta e auto-intitulado brincadeiro, Mário Pirata, que conta histórias e faz brincadeiras no palco. Segundo Pirata, brincadeiro foi um termo criado por ele em homenagem a tradição dos brincantes nordestinos. “Eu trabalho com poesia e brinco com essa arte, mas não sou contador de histórias, sou poeta e resolvi ser um ‘brincadeiro’”, contou ele. Ele falou ainda que o calor da Jornada e da Jornadinha de Literatura de Passo Fundo são ímpares. “Passo Fundo tem o calor humano que nos faz lembrar que a vida pode ser bonita e criativa e também de que a poesia é importante”, comentou Pirata.

[...] Em seguida, Sérgio Capparelli contou um pouco das histórias ocorridas durante o tempo em que morou na China. “Quando eu estava na China, conheci uma outra brasileira que morava lá e nós traduzimos fábulas chinesas para o português, que são diferentes das fábulas que estamos acostumados a ouvir”, comentou ele.

Os jovens leitores se prepararam para este encontro com os autores, trabalhando suas obras nas próprias escolas com orientação das professoras. A aluna da Escola St. Patrick, de Passo fundo, Luiza Volpi, fez leituras das obras de Ziraldo e de Léo Cunha. “Está sendo muito legal. Não conhecia o Mário Pirata, mas gostei das suas histórias”, contou.

Ler matéria completa e ver outras fotos da abertura »
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Direto da Cuia

PublishNews - 28/8/2007 - por Renata Sturm

"O que seria de nós, sem a magia da arte. Sem a ilusão que revela as mais secretas verdades." Com um tom bem desafinado, a coordenadora da Jornada Literária de Passo Fundo, Tânia Rösing, começou seu discurso emocionado ontem à noite com a música tema do evento. Ninguém parece ter ligado para o quanto ela desafinava, afinal, o talento de Tânia é outro. A coordenadora foi homenageada por cada autoridade presente na abertura, na gelada noite de ontem (27/08), no "lugar sagrado, o circo da cultura", como ela mesma gosta de chamar a tenda principal do evento. "Tânia não é uma cidadã", disse Marcos Vinícius Vilaça, presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), "ela é um fenômeno da natureza". Claro que arrancou aplausos e ganhou de presente um abraço de Tânia.

Foto: Tiago Lermen/divulgação UPF
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Inauguração da Livraria Unesp

Convite

Berimbau e outros poemas

Boletim PNLL nº 73 – 27/08 a 02/09/2007
Dicas de Leitura

Leia o texto na íntegra

Literatura Infanto-Juvenil

Berimbau e outros poemas,
de Manuel Bandeira

“E como se viaja na poesia de Manuel Bandeira! Trem de Ferro traz em seus versos o ritmo vertiginoso daquele meio de transporte tão comum à época do poeta. É como estar à janela de um vagão e ver toda a paisagem correndo...”
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4 histórias de alcance universal

Assessoria de Comunicação - Rebeca Mesa

O autor africano Meshack Asare e os brasileiros Luis Dill, Dionisio Jacob e Leusa Araujo conversam com seus jovens leitores no espaço da Jornadinha

Da proeza solidária do corajoso menino africano Sosu à afirmação da identidade da jovem pernambucana Berenice, da aventura misteriosa vivida pelo gaúcho Edu à viagem fantástica do príncipe Tamino... Dentro do marco proposto pela 12ª Jornada de Literatura de Passo Fundo: Leitura da Arte & Arte da Leitura, as histórias de Edições SM representam o encontro entre qualidade literária e valores universais.

Com o intuito de dar ao leitor, em particular o leitor em formação, a oportunidade de debater as obras literárias com seus autores, a Universidade de Passo Fundo convidou alunos de várias escolas da região para conversar com os escritores. No dia 30 de agosto, Luis Dill (O punhal de Jade) está presente na Lona Verde; Leusa Araujo (A Cabeleira de Berenice) e Meshack Asare (O chamado de Sosu) conversam com os alunos na Lona Vermelha. No dia 31, é a vez de Dionisio Jacob (A flauta mágica) na Lona Vermelha da tradicional Jornadinha. Todos os encontros acontecem às 14h.
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Meshack Asare no Brasil

Assessoria de Comunicação - Rebeca Mesa

SM traz ao Brasil premiado
escritor africano Meshack Asare


Um dos maiores expoentes da literatura infanto-juvenil africana moderna, o ganense Meshack Asare, estará no Brasil em agosto e setembro de 2007, a convite da SM, para participar da 4ª Jornada Nacional de Literatura de Passo Fundo(RS). Meshack, que mora na Alemanha, terá a oportunidade de conhecer de perto o universo literário brasileiro, além de apresentar sua obra mais premiada mundialmente, O chamado de Sosu. Lançado no Brasil pela SM, o livro já vendeu aproximadamente 10 mil exemplares.

No livro, Sosu, um menino incapaz de andar, percebe a tempo que uma forte tempestade está chegando e pode destruir a sua aldeia. Mesmo paraplégico, Sosu consegue, com o toque de um tambor, avisar seu povo do perigo iminente. Assim, salva o vilarejo – uma aldeia no oeste da África – e torna-se um herói. Em 1999, O chamado de Sosu ganhou o Prêmio UNESCO de Literatura para Crianças e Jovens a Serviço da Tolerância. No Brasil, o livro recebeu a indicação de Melhor Adaptação/Tradução da FNLIJ em 2006.

No dia 30 de agosto, Meshack Asare participa, às 10h, do Seminário Internacional de Pesquisa em Leitura e Patrimônio, no Auditório da Biblioteca Central, discorrendo sobre o tema "A ficção e a leitura" e, às 14h, estará presente na Lona Vermelha para uma conversa com alunos sobre o livro O chamado de Sosu. Em Passo Fundo, a SM lançará, também, o novo livro de Meshack: A cabra mágica, uma fábula sobre a amizade, oriunda das tradições orais da África Ocidental.
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domingo, 26 de agosto de 2007

Três dias para cultivar a leitura literária

Resumo do Cenário

Incansavelmente nos reunimos em um seminário com o propósito quase único de acompanhar a exposição de um tema com diferentes personalidades e especialistas sobre um assunto de nosso interesse, aguardando o momento de debate para endereçarmos questões ansiosas à mesa dos conferencistas. Existe aí uma lógica do fala-que-eu-o-escuto, seguida pelo imperativo responda-agora-o-que-pergunto. Tal protocolo é raramente violado, sob o risco de desaprovação da platéia. Mas, o diretor do Instituto C&A, Paulo Castro, soube com propriedade adentrar um silêncio mais produtivo ao esquivar-se das perguntas enviadas ao final da conferência de Nelly Novaes Coelho, na última tarde do Seminário Prazer em Ler de Promoção da Leitura Literária. Ao afirmar que o intuito do encontro não era fornecer as respostas, mas motivar a reflexão de todos para a busca de novas soluções, Paulo Castro fez sua palavra transformar-se em uma breve ação que, por bem, legitima pedagogicamente o sentido de seminário como um canteiro onde idéias são semeadas.

O conjunto de exposições manteve um nível de excelência poucas vezes alcançado por eventos de grande porte, dada uma variedade de vozes e idiossincrasias de seus conferencistas e palestrantes. O Seminário Prazer em Ler mostrou-se articulado com cuidadosa coerência e não foram raros os momentos em que uma idéia passava a ressoar de um discurso a outro, como a necessidade de resgate da formação humanística e da experiência particular de todos nós enquanto leitores, uma dupla militância contra a rarefação estética do texto literário e a banalização do incentivo à leitura, compreendendo que, além do estímulo, sempre de caráter circunstancial, o ato de leitura É uma escolha deliberada. E temos que concordar barthesianamente que por trás (ou intimamente) da motivação social para despertar “o gosto”, a leitura é um esforço pessoal e o prazer que ela desperta, intransferível.

A cidade de São Paulo, que há tempos vivia a carência de um encontro de natureza afim, recebeu com entusiasmo e elogios a organização do evento, dos materiais distribuídos à recepção no Centro de Convenções da Câmara Americana de Comércio/Amcham, a contribuição de especialistas estrangeiros (Argentina, Colômbia e Espanha) ao lado de intelectuais, autores e personalidades da literatura infantil e juvenil brasileira... E, claro, a visita de profissionais da cadeia produtiva do livro, educadores e agentes da leitura de diferentes pontos do país. Sob esse clima de festa e compromisso, ficaria difícil eleger os destaques do Seminário Prazer em Ler, no entanto, não escondo a admiração, quiçá muito particular, provocada pela clareza e os olhos de náiade de Tereza Colomer, a polidez e os argumentos de Xosé Antonio Neira Cruz, a polêmica bem estirada de Luiz Percival Leme Britto, a indefectível consistência e as surpresas que Marisa Lajolo sempre tem a nos revelar e as tramas fronteiriças de poesia e profecia de Nilma Lacerda.

Nas postagens abaixo, o registro dos três dias do Seminário Prazer em Ler de Promoção da Leitura Literária como um diário de imagens.
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Conferências

Seminário Prazer em Ler de Promoção da Leitura Literária
São Paulo, 22 a 24 de agosto


Conferência 1 - Andar entre Livros: A Leitura Literária na Escola, com Teresa Colomer, diretora da Rede de Pesquisadores em Literatura Infantil das universidades catalãs e professora da Universidade Autônoma de Barcelona (Espanha). Presidente da mesa: Elizabeth D’Angelo Serra (FNLIJ). Teresa Colomer abordou quatro diferentes dimensões da leitura literária nas escolas. Leia mais » Veja também a notícia sobre o lançamento de seu livro Andar entre livros.

Conferência 2 - Alguns Equívocos sobre Leitura, com a escritora Ana Maria Machado. Presidente da mesa: Alais Ávila, assessora de educação do Instituto C&A. “Em matéria de leitura, o encontro entre leitor e texto é que deve ser respeitado. Um momento íntimo e privilegiado.”, afirmou Ana Maria. “Se as políticas de leitura se preocuparem em garantir um acervo de qualidade, e um tempo e um espaço na escola para que esse encontro possa acontecer, já estarão cumprindo sua missão.” Foto: Instituo C&A. Leia Anotações livres sobre Ana »

Conferência 3 - Ler e Escrever: Os Prazeres da Intimidade com o Livro, com o escritor Xosé Antonio Neira Cruz (Santiago de Compostela, Espanha). Presidente da mesa: Cláudia Santa Rosa, do Instituto de Desenvolvimento da Educação (Natal, RN). Leia entrevista com o autor »

Conferência 4 - Da Leitura da Palavra à Leitura de Mundo, com Silvia Castrillón, diretora da Associação Colombiana de Leitura e Escrita - Asolectura (Bogotá, Colômbia). Presidente da mesa: Marcia Wada, do Centro de Estudos A Cor da Letra (São Paulo).

Conferência 5 – O Tripé Infância-Literatura-Leitura: Marcos de sua Estruturação na Argentina, com Cecilia Bettolli, representante do Centro de Difusão e Investigação de Literatura Infantil e Juvenil – CEDILIJ (Córdoba, Argentina). Presidente de mesa: Cynthia Maria Campelo Rodrigues (FNLIJ). Leia mais »

Conferência 6 - Leitura e Literatura em Tempos de Internet, com Nelly Novaes Coelho (USP). Presidente de mesa: Paulo Castro, diretor do Instituto C&A.

Ao lado, a autora autografa a nova edição do Dicionário Crítico da Literatura Infantil e Juvenil Brasileira.
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Mesas de Debate

Seminário Prazer em Ler de Promoção da Leitura Literária
São Paulo, 22 a 24 de agosto


A ilustradora Cris Eich coordenou as apresentações de Angela Lago – O Prazer do Livro para o Leitor Iniciante – e Graça Lima – A Leitura Imagética – que abordaram a expressividade da ilustração junto ao texto literário, a construção da leitura e do repertório a partir da linguagem visual. Leia mais ».

Ísis Valéria Gomes (FNLIJ), entre o autor e presidente do Instituto Indígena Brasileiro para Propriedade Intelectual – Inbrapi, Daniel Munduruku, e Luiz Percival Leme Britto, professor da Universidade de Sorocaba. Apesar de filósofo e mestre em educação, Munduruku despista a teorização sobre a literatura indígena para evocar a memória ancestral e a vivência plena dos instantes do presente. Leia mais » Luiz Percival dedicou sua fala a Bartolomeu Campos de Queirós e enfrentou as dicotomias da leitura como evasão para a fantasia e como ato propício à introspecção, consequentemente re-elaborando noções da literatura como esquecimento e como conhecimento. Leia mais »

A voz tranqüila Ana Dourado (Instituto C&A, Brasília) alinhavou os diferentes aspectos da literatura infantil brasileira, na terceira mesa de debates com Regina Zilberman (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) – O Ensino Médio e a Formação do Leitor (leia mais), Laura Sandroni (FNLIJ) – A década de 70 e a Renovação da Literatura Infantil e Juvenil – e Marisa Lajolo (Universidade Presbiteriana Mackenzie) - Leitura e Pesquisa nos Estudos Literários: o Caso de Monteiro Lobato.

O escritor Luiz Raul Machado coordenou a mesa de prosas poéticas com a presença Bartolomeu Campos de Queirós – Por que Escrevo: Reflexões sobre a Leitura do Texto Literário e Educação – e Marina Colasanti – Espaços da Prática Criativa, do Livro e da Literatura.

Sempre sorrisos, Elenita Neli Beber, da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, apresentou as palestras de Nilma Lacerda – Leitura: Uma Escolha de Caminhos - e Ricardo Azevedo – Problemas do Uso de Textos de Ficção e Poesia na Escola.

“Ler é escolher”, afirmou Nilma Lacerda, professora da Universidade Federal Fluminense e autora do livro Pena de ganso (Vitrine Literária 38), que conduziu a platéia através da “floresta escura” da leitura, lembrando o convite feito por Virgílio a Dante. Jogando com os significados múltiplos, porém esquecidos, das palavras contra os sentidos gastos pela rotina, Nilma Lacerda recusou poeticamente as questões do hábito da leitura, pois evoca a repetição, o regime, a costura pronta: o hábito como vestimenta imposta, pois “a leitura desveste o homem”.
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Registros Fotográficos

Seminário Prazer em Ler de Promoção da Leitura Literária
São Paulo, 22 a 24 de agosto

Ísis Valeria Gomes e Paulo Castro homenageiam Alais Ávila, da assessoria em educação do Instituto C&A, e Elizabeth D’Angelo Serra, Secretaria Geral da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, pela união de esforços na realização do Seminário Prazer em Ler de Promoção da Leitura Literária.


Demais fotos: Bartolomeu Campos de Queirós, Graça Lima, Angela Lago, Xosé Antonio Neira Cruz, Regina Zilberman e Laura Sandroni, Marisa Lajolo, Luiz Percival Leme Britto, Teresa Colomer, Silvia Castrillón (clique sobre as fotos para ampliá-las).